Uma peça foi fundamental para a virada que o Juventude deu dentro de campo no Brasileiro da Série B. Thiago Carpini colocou o Alviverde de novo na disputa da competição. Foram quatro vitórias seguidas e o time achou um modelo de jogo.
Em entrevista ao programa Show dos Esportes, da Rádio Gaúcha Serra, Almir Adami, integrante do comitê gestor do futebol falou sobre a mudança de chave e a sequência positiva do time.
— A gente sabia antes que tínhamos um grupo de atletas bom, mas que não estava conseguindo tirar deles aquilo que a gente imaginava de resultado. A chegada do Carpini mudou o ambiente, mudou a forma do time atuar, a organização da equipe. Estávamos sendo cobrados por torcedores, que é normal, mas internamente também. Quando o clube está ganhando é bem mais fácil de conduzir o dia a dia.
Antes de o Juventude contratar o técnico Pintado, após o Gauchão, o nome de Carpini já constava na lista da direção alviverde. Contudo, ele estava no Água Santa e chegava às finais do Paulistão. Assim, tirar o treinador era uma missão impossível. Com a saída de Pintado, seu nome voltou a figurar na mesa do departamento de futebol.
Neste momento, uma pessoa foi importante no convencimento para trazer o treinador, que tinha passagens compradas para a Europa. O executivo Júlio Rondinelli trabalhou com Carpini em São Paulo e revelou como convenceu o profissional a mudar a rota para Caxias do Sul.
— Não foi muito simples, pois a renovação de contrato dele e a condução foi definida por mim lá com presidente do Água Santa. Ele tinha viagem marcada para Europa, tinha dois estágios em dois grandes clubes da Europa. No momento que o Pintado foi embora, fomos em busca do treinador — declarou o executivo, que revela uma conversa com Carpini:
— Em um momento eu apertei ele e disse: "você está em casa e o jornal que noticiou que você foi vice-paulista já embrulhou peixe. Daqui a pouco, ninguém sabe mais quem é Carpini. Estou aqui e vem me ajudar". O Adaílton estava comandando um treino e fiz uma ligação de vídeo para mostrar para ele o estádio. Acho que toquei ele aí e disse que o Juventude seria importante na carreira dele, assim como o Juventude precisava dele. Fui feliz nesta frase para convencê-lo a vir para Caxias do Sul. Ele recusou pelo menos seis ou sete outras equipes — descreveu Júlio Rondinelli.