No projeto social do Bella Futsal não há restrições. Além da atividade de práticas esportivas, os profissionais envolvidos promovem outras ações que estimulam diferentes movimentos das crianças, promovendo uma evolução física e cognitiva.
— Temos aulas com balões, paraquedas e cones. São trabalhos individuais e em pequenos grupos, sempre com no mínimo dois professores em quadra, de olho na melhora do reflexo, das posturas física e disciplinares. Já tivemos atendimento de, inclusive, alunos com síndrome de down e outros com dificuldade motora — comenta Moskal.
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José Neto, um dos treinadores do Bella, cita as principais diferenças do projeto social:
— Aqui eles estão procurando uma outra visão do esporte, mais prazeroso. A cobrança de resultados em campeonatos, às vezes, é um estresse muito maior. No projeto, é mais uma questão de divertimento. Eles vão acompanhar jogos e entram com os atletas. É legal a gente conseguir unir esses dois laços.
SONHO DO PROFISSIONALISMO
O sonho de ser jogador de futebol (ou de futsal) profissional é algo compartilhado por todos os jovens atletas envolvidos no projeto do Bella Futsal, e os reflexos da globalização mostram que as referências esportivas dos meninos estão no Exterior. O garoto Daniel Lima, 12 anos, por exemplo, gosta de assistir ao Barcelona, da Espanha.
— Eu pedi, há muito tempo, para o meu avô me colocar numa escolinha. Aí ele tentou achar em várias e a única que conseguiu foi essa. Espero que a minha carreira seja boa. Se eu for bem aqui no futsal, meu avô quer tentar me colocar no futebol de campo, para ver se eu me acostumo. Ele diz que no futsal eu pego mais velocidade — conta Daniel, que lembra das diferenças de quando jogava na rua:
— Jogava com gente grande, pois não tinha idade certa. Até com adultos eu jogava. E era de chinelo ou tênis furado. Aqui é fixo e com pessoas da minha idade.
Gustavo da Silva, também de 12, iniciou no futsal aos cinco e se espelha em um craque português.
— Comecei aqui por indicação do meu primo, que também estava jogando e me chamou. Quero seguir nessa carreira. E eu acho que no campo. Me espelho no Cristiano Ronaldo, porque ele é artilheiro. Espero um dia chegar no patamar dele ou jogar com ele. É só ter força na perna e ser bom no drible e no passe.