
Quem assistiu ao Juve-Nal do último domingo, não tem dúvida: Wanderson teve a melhor atuação entre todos os zagueiros do Juventude até agora em 2017. Com marcação adiantada, cobertura perfeita e saída qualificada de trás, o jogador de 36 anos não deixou o goleador do Inter jogar. Brenner quase não teve chances. Além disso, deu segurança a um sistema defensivo contestado desde as pressões sofridas diante de Ypiranga e Passo Fundo e a goleada de 4 a 1 para o Novo Hamburgo.
Agora, ele já pensa em conversar com o técnico Gilmar Dal Pozzo e se firmar na posição.
– Eu já venho tendo essa ideia há um tempo. Quando comecei no futebol, era zagueiro na base. No Paraná, eles me achavam muito baixo para zagueiro e me colocaram de volante. Isso em 2001. Cheguei a argumentar que o Mauro Galvão não era alto, que o Gamarra não era alto, mas não adiantou. E agora estou treinando nessa posição, o Gilmar me conhece e vamos amadurecer essa ideia – confessa o volante.
E não é só nas categorias de base que ele tem experiência como zagueiro. Já disputou até competição internacional:
– Já joguei como zagueiro na Copa Sul-Americana, pela Chapecoense.
O que faz ele pensar claramente na ideia tem a ver com a idade, mas também com a desenvoltura com que vem jogando e treinando.
– Jogar de volante é mais complicado. Tem que cumprir várias funções, fazer a cobertura de um lado e de outro, tem que marcar o adversário na frente e atrás. Já o zagueiro precisa cuidar do camisa 9, da bola que vem em diagonal, é mais posicionamento. O volante tem que ser mais dinâmico, tem que estar toda a hora se movimentando – explica Wanderson, pausadamente.
No clássico Ca-Ju 281, sábado, no Estádio Alfredo Jaconi, ele será pela segunda vez consecutiva o xerifão papo. Desta vez, para conter os avanços do centroavante Gilmar e de quem aparecer na sua área.