As vendas para o Dia dos Pais, celebrado no próximo domingo, devem sofrer recuo de até 30% neste ano em comparação ao mesmo período de 2019, aponta pesquisa da Câmara de Dirigentes Lojistas de Caxias, a CDL. Essa projeção chegou a ser ainda mais drástica para o comércio, pois indicava um recuo nas vendas de até 50% em relação ao ano anterior caso houvesse a manutenção da bandeira vermelha no Modelo de Distanciamento Controlado do Governo do Estado, o que acabou não se concretizando na tarde desta segunda-feira (03). Na divulgação do levantamento da CDL, era feita a ressalva de que o percentual poderia ser menor, chegando aos 30% em caso de redução de bandeira, o que se confirmou horas depois. Entre os entrevistados, 39% afirmaram que pretendem presentear os pais. Em 2019, o índice era de 63%. A pandemia e a instabilidade pelas restrições de funcionamento são elencados como principais motivos da queda.
Apesar das recomendações de distanciamento social, 86% disseram que têm preferência em fazer a compra por atendimento pessoal, caso a possibilidade fosse autorizada pelo Governo do Estado, o que passará a ser possível a partir desta terça-feira (04).
— O consumidor caxiense não tem o hábito de comprar pela internet e muito menos nas outras modalidades que a bandeira vermelha permite, como delivery e busca. Isso para o comércio tradicional de rua não tem tanta receptividade, não é tão habitual. O consumidor quer ter acesso direto ao produto, é característica nossa, da região — afirma o gerente administrativo financeiro da CDL Caxias, Carlos Alberto Cervieri.
O retorno à bandeira laranja é um alívio. Cervieri chegou a projetar, no início da tarde, que outras datas importantes tiveram as vendas comprometidas em razão da pandemia, como Dia dos Namorados, das Mães e Páscoa, e que o Dia dos Pais seria a primeira dessas datas comemorativas em que o comércio teria de operar com as restrições da bandeira vermelha. Não vai mais precisar.
O levantamento ainda revela que 64% dos caxienses tiveram redução significativa na renda por conta do coronavírus, o que, portanto, deve influenciar na redução de consumo.
O tíquete médio é estimado de R$ 188 por presente, 8% a mais do que a média do ano passado, que foi de R$ 173. Vestuário e moda (54%), calçados (16%) e perfumes e cosméticos (15%) foram os itens mais citados de intenção de presente, respectivamente.