Os caxienses vão gastar, em média, R$ 177,89 no presente de Dia das Mães em 2019. É o que aponta pesquisa da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) realizada entre os dias 25 e 29 de abril com cerca de 400 consumidores em vários pontos da cidade. O chamado ticket médio esperado pela entidade é 19% maior em relação ao ano passado, quando o gasto esperado era de R$ 143,48.
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Apesar dos entrevistados terem apontado um aumento no valor dos presentes, 45% deles disseram que esperam gastar menos na comparação com 2018. Apesar de os dados parecerem contraditórios, eles podem ser explicado pelo fator emocional. Para se ter uma ideia, o levantamento aponta que 78% das pessoas consideram que os sentimentos de amor e gratidão influenciam na hora da compra.
— Quando você responde uma pesquisa, faz de forma racional, ou seja, vou comprar presente mais simples, vou gastar um pouco menos. Na prática, quando você vai comprar, você acaba comprando, talvez não mais do que um presente, mas elevando o ticket médio — analisa Eduardo Colombo, vice-presidente de tecnologia e inovação da CDL.
A pesquisa apontou ainda que 66% dos caxienses pretendem comprar presentes, principalmente em lojas de rua e shoppings. Os produtos vão se destinar à própria mãe para 58% dessas pessoas, seguida da esposa, para 22%, e para a sogra, para 10% do público. Entre os 33% dos entrevistados que disseram que não darão presentes, o principal motivo é não ter para quem dar.
Itens de vestuário são os mais procurados, seguidos de beleza pessoal e flores, mas o número de presentes caiu de 1,5 no ano passado para 1,3 na projeção deste ano. Os serviços, no entanto, também serão uma opção de presente. 59% dos entrevistados, por exemplo, pretende almoçar em restaurante para comemorar a data.
A principal forma de pagamento será à vista e em dinheiro, mas o pagamento via cartão de crédito é cada vez maior. A explicação para o consumidor evitar dívidas são as incertezas com relação à economia e falta de acesso ao crédito para parte da população. Essa precaução também se reflete no ticket médio, que poderia ser maior, segundo a entidade.
— O consumidor ainda não está confiante para fazer um desembolso maior, ele está com o pé no chão — avalia Colombo.
Como o Dia das Mães de 2018 foi atípico devido à greve dos caminhoneiros, a CDL não tem uma projeção precisa para o crescimento das vendas. A expectativa, no entanto, é que se repita, no mínimo, o desempenho do ano passado, com alta de 5%.