Se depender da movimentação e do interesse do público que transita pelos corredores do Centro de Eventos da Festa da Uva, o sucesso da Mercopar está garantido e a previsão de R$ 70 milhões em negócios deve se concretizar. Na tarde desta quarta-feira (3), praticamente todos os espaços estavam fervilhando de pessoas interessadas em conhecer as novidades tecnológicas do setor industrial e de fechar parcerias.
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O Espaço de Negócios estava entre os mais concorridos. Por lá, o clima era de otimismo e de motivação. O coordenador do projeto do Sebrae (promotora da feira), Jakson da Luz, prevê manter o volume de negócios da edição de 2017 do espaço: R$ 20 milhões. Nos dois primeiros dias de feira foram realizadas 1,6 mil reuniões com a participação de 190 empresas compradoras e 230 vendendo seus produtos. Os encontros aconteceram de 15 em 15 minutos.
Gerente executivo de uma empresa de usinagem de Santa Cruz do Sul, Lucas Germano Lagne era um dos empresários satisfeitos com o resultado obtido na feira. Apresentou seus produtos para 22 empresas de vários Estados brasileiros. Dessas, fechou negócios com 10. O volume das negociações passa de R$ 600 mil.
— O resultado está sendo muito melhor que a edição passada — comemora.
O executivo ressalta que sua participação na Mercopar é sagrada. Não perde uma edição. No mercado há 23 anos, a empresa conta com 100 colaboradores e não trabalha com vendedores externos.
— Só vendemos nossos produtos em feiras — revela.
O segredo para se manter em alta na crise, informa, é inovar e se atualizar constantemente.
“Tem que se atualizar”
Inovação, aliás, é a pauta da Mercopar 2018. O diretor técnico do Sebrae-RS, Ayrton Pinto Ramos, destaca que o papel da feira é aproximar as pequenas das grandes empresas. Para isso é preciso que elas (as pequenas) estejam dispostas a rever permanentemente seus processos e se atualizem.
No Salão da Inovação, por exemplo, empresas de grande porte apresentam suas necessidades para poder estabelecer parcerias. No Sebrae Like a Boss, pequenas e grandes desenvolvem, em conjunto, soluções tecnológicas. Hoje, 10 startups apresentam seus projetos para um banca avaliadora.
— Para ingressar na Indústria 4.0 é preciso investir. E nem sempre significa ter que comprar novos equipamentos. Em muitos casos, basta automatizar os que já tem – ensina Ramos.
O espaço do Arranjo Produtivo Local Metalmecânico e Automotivo da Serra Gaúcha (APLMMeA), com 30 expositores, estava repleto de clientes. Para o presidente da entidade, Ubiratã Rezler, as pequenas empresas já estão engajas no movimento da inovação.
— Eles (os empresários) já entenderam a importância da capacitação.
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