O potencial turístico de Caxias do Sul e região começa a ser desbravado. A criação do roteiro do Turismo Industrial da Serra Gaúcha pode ser o pontapé para impulsionar o setor, principalmente em Caxias. Há muitos anos, o turismo caxiense não tem um projeto consistente que possibilite uma nova alternativa de matriz econômica. Este, tem tudo para dar certo.
Idealizado pelo presidente da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Fiscalização e Controle Orçamentário da Câmara, o vereador Gustavo Toigo (PDT), o roteiro prevê a visitação dos turistas à produção das indústrias. Grandes empresas como Marcopolo e Agrale já demonstram interesse em mostrar o que sabem fazer. Os visitantes terão a chance de conhecer de perto como será produzido um ônibus, por exemplo. Ou as etapas de fabricação do utilitário 4x4 Marruá, produzido pela Agrale.
Na próxima segunda-feira acontece a primeira visita técnica do grupo de trabalho, formado por 12 entidades a duas empresas integradas no projeto para, a partir daí, finalizar o projeto-piloto. Na tarde desta sexta-feira, Toigo apresentou o roteiro em São Bernardo do Campo.
— Em três anos, este roteiro vai estar bombando — aposta Toigo.
Para chegar até aqui, já foram realizados vários eventos para conscientizar lideranças e entidades da importância de fazer do turismo uma nova matriz econômica. A discussão começou em fevereiro. Em junho, o workshop Integratur resultou em um documento-referência, entregue à Secretaria de Turismo, e que deve compor o plano municipal de turismo. No seminário Turismo industrial como alavanca para impulsionar o setor, realizado dia 31 de julho, foi criado o Grupo de Trabalho que está trabalhando para concretizar o projeto.
O coordenador do grupo, Diego Dall´Agnol, garante que o roteiro vai dar certo e já arrisca uma data para entrar em funcionamento:
— Depois do Carnaval daremos a arrancada. Temos todo o projeto alinhavado — destaca.
Dall´Agnol está animado com a iniciativa. Se depender dele, Caxias do Sul já tem vaga garantida nos roteiros da Serra Gaúcha.
— Não vamos deixar este projeto morrer. Nunca tivemos tanta gente querendo fazer acontecer. Vai dar certo — assegura.
Já estão sendo sugeridos, por exemplo, quantos dias os turistas terão atividades dentro deste pacotaço. Serão três na semana: quarta, quinta e sexta. Na programação, além de conhecer às empresas, haverá visitação aos pontos turísticos da região, almoços, jantares e muita música italiana ao vivo.
As agências de receptivo estão otimistas com o projeto.
— É uma possibilidade de abrir as portas das empresas e conhecer o que elas produzem. Vai gerar negócios e trazer renda para a cidade. Acredito no roteiro — diz o diretor da Arte do Turismo, Jacson Papi.