O quadro do desemprego em Caxias do Sul continua preocupando. E muito. Oficialmente são 23 mil postos de trabalho fechados nos últimos três anos, desde 2013. Mas, há, uma nova geração querendo entrar no mercado e não consegue, segundo os economistas. São quase 7 mil jovens de 17, 18, 19 anos que sequer conseguem ter a carteira assinada e que não estão nos dados oficiais do Caged. A preocupação foi demonstrada hoje à tarde na CIC de Caxias quando foram divulgados os índices da economia caxiense, que fechou abril em queda de 2,5%.
– Estamos criando um problema social. O que vamos fazer com esses jovens? – questiona Astor Schmitt.
“Caxias está roncando”
Não há resposta para a pergunta feita pelo economista. Como não há respostas para o rumo da economia caxiense.
Astor Schmitt endossa a frase do vereador Adiló Didomenico (PTB) abordada na semana passada, na tribuna da Câmara: “Caxias não está dormindo, está roncando”. O político se referia à possível saída de mais empresas de Caxias, por falta de incentivos. Revelou que a Intral pode mudar-se para o Amazonas, caso consiga isenção de imposto para luminárias de led na Zona Franca de Manaus. A briga por empresas não é de hoje. Bento Gonçalves e Flores da Cunha têm oferecido compensações, e atraído companhias.
Schmitt vai além e pergunta:
– Qual foi o grande investimento que o município trouxe nos últimos dez anos?
Mercado de Trabalho
Caxias do Sul tem cerca de 30 mil desempregados
Além dos 23 mil postos a menos dos últimos três anos, cerca de 7 mil jovens buscam seu primeiro emprego com carteira assinada
Ivanete Marzzaro
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