Os números apresentados ontem pela Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC) de Caxias do Sul e pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) mostram que, em setembro, a economia voltou a cair - 3,8% em relação a agosto - quanto teve um crescimento de 2%. Os motivos básicos, segundo o diretor de Economia, Finanças e Estatística da CIC, Astor Schmitt, se deve pontualmente aos feriados do mês, que resultou em três dias úteis a menos trabalhados.
Isso, segundo ele, para a indústria é fatal. Outra razão é a falta de uma data comemorativa que atraísse as vendas no comércio - setor que empurrou o desempenho no mês passado.A indústria, principal matriz econômica da cidade, segue encolhendo: caiu - 3,2%. Comparando-se o acumulado do ano, há uma evolução significativa, com índice pulando de -10,3% em agosto para - 14,2%.
Em 12 meses, o indicador também revela uma reação lenta, porém constante, desde fevereiro de 2016. - Embora o desempenho acumulado nos últimos 12 meses ainda esteja em -16,2%, é o oitavo mês consecutivo de "despiora".
– Isso mostra que o buraco ainda é fundo, mas está em lenta recuperação –destacou Astor Schmidtt.
A indústria continua queimando os estoques, portando a produção continua parada. Os gráficos mostram que a firme tendência está na retomada das exportações. Setembro foi o quinto mês consecutivo que fechou em alta. Foram US$ 78 milhões em exportações.
A falta de uma data forte fez o comércio recuar 5,78%. Mas a expectativa do assessor de Economia e Estatística do CDL, Mosár Leandro Ness, recuperar boa parte do acumulado do ano (-10,8), no último trimestre, com a injeção de mais de 600 milhões na economia caxiense.
Desemprego X inadimplência
Uma das principais preocupações é a inadimplência, agravada pelo desemprego e queda de renda. Em setembro do ano passado, o SPC concentrava 71.153 CPFs com débitos. No mesmo mês deste ano, esse número passou para 74.935 CPFs, um aumento de 3.782 (aumento de 5,3%). As consultas realizadas pelos lojistas junto ao SPC também reduziram 13,87% em relação a agosto.
– Isso denota uma redução no nível de atividade – destacou o diretor Financeiro da CDL, Ivonei Pioner.
O mercado formal de empregos em setembro reduziu 396 postos e atingiu todos os setores. Para último trimestre do ano a previsão é empregar temporariamente cerca de 200 pessoas. Um número muito baixo se comparado a anos anteriores.
Segundo a diretora de Economia, Finanças e Estatísticas, Idalice Manchini, o número de temporários já chegou a ultrapassar os 2 mil.
– Atualmente, o funcionário atua em várias funções. Na época de alta nos negócios, ele passa a integrar a equipe de vendas – revela