Desde a última sexta-feira, quando o dólar começou a cair mais expressivamente, casas de câmbio e agências de viagens em Caxias do Sul registraram aumento da procura pela moeda americana. Em geral, gerentes e operadores de câmbio relatam crescimento de mais de 10% na venda. As informações são da Gaúcha Serra.
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Na quinta-feira o dólar fechou em R$ 3,64, o menor valor desde agosto de 2015, reflexo do pedido de prisão preventiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na sexta-feira da semana passada, na condução coercitiva de Lula para prestar depoimento na Operação Lava Jato, a moeda também terminou o dia em queda, um movimento que vem se repetindo cada vez que há um sinal de ruptura na economia.
Na manhã desta sexta-feira, o dólar era vendido a R$ 3,85 na Milletour Turismo de Caxias do Sul. A compra aumentou de 10% a 12%, conforme o dono Milton Corlatti. Segundo ele, são pessoas que estão comprando para viajar e para guardar.
- Se continuar baixando assim, a tendência, inclusive, é de que o nosso mercado de turismo volte a reagir, já que a queda dos pacotes turísticos para o exterior é de 55% em relação ao mês de março do ano passado - relata.
A rede Victória de Turismo e Câmbio, que tem atuação em todo o Estado, comercializava a moeda americana a R$ 3,80. Carlos Oliveira, gerente da loja caxiense, diz que o aumento da procura também ficou na média de 10% na última semana.
A casa de câmbio CTR, na mesma cidade, estampava uma placa informando que o valor do dólar para a venda era de R$ 3,84. Ela estava movimentada nesta manhã, seguindo a tendência dos últimos dias em que estima ter comercializado 15% a mais do que em semanas anteriores.
O preço menor do dólar na Executive, comercializando a moeda a R$ 3,75 nesta manhã, pode explicar o movimento ainda maior do que em outras casas pesquisadas. De acordo com Felipe De Boni, operador de câmbio, o grupo que tem atuação estadual aumentou a venda em 60%. Só aqui em Caxias, o crescimento é em torno de 30%. O operador relata que em nível Brasil chegou a faltar moeda para as casas comprarem ao longo da semana, mas não faltou para o consumidor.