
A Todeschini vai receber, nesta quarta-feira, o governador de Alagoas, Renan Filho, na sede em Bento Gonçalves. A intenção é atrair os investimentos da duplicação da planta na Serra Gaúcha e também de uma futura fábrica em Cachoeira do Sul. No caso da ampliação em Bento Gonçalves, o problema é a licença ambiental para o investimento de R$ 165 milhões que pretende dobrar a planta de 54 mil m² para 138 mil m².
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De acordo com Ana Pellini, diretora da Fepam, o órgão está pronto para liberar a licença mas depende da autorização do Ibama para que sejam suprimidos sete hectares de Mata Atlântica no terreno escolhido pela Todeschini em Bento Gonçalves. Embora seja zona urbana e a vegetação esteja em estágio médio, a lei estabelece que quando a vegetação deste tipo for acima de três hectares é preciso de anuência do Ibama, conforme explica a diretora do órgão estadual.
Segundo a Fepam, o processo entrou em 6 de maio de 2013 e foi enviado ao órgão federal em junho do ano passado. Ana conta que participou de audiência com o Ibama, em julho deste ano, pedindo urgência na liberação, mas ainda não há previsão. Segundo a secretária, este é o maior licenciamento de indústria do Estado em processo neste momento.
Nos planos da empresa, divulgados a prefeitura de Bento Gonçalves, a previsão era de operar a nova planta em três anos e meio e empregar mais de 1,5 mil funcionários. Paralelo a este investimento, a fabricante de móveis já havia manifestado a intenção de construir em Cachoeira do Sul uma unidade de beneficiamento de madeira. O projeto de R$ 280 milhões nem chegou a ser protocolado na Fepam. De acordo com a assessoria da Todeschini, a empresa vai conversar com o governador de Alagoas sobre este projeto também. Além de buscar mais agilidade na liberação de licenças ambientais, também depende de outros incentivos, como infraestrutura de rede de energia, por exemplo.