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A proposta de reajuste ofertada pelo sindicato patronal é considerada "inaceitável" pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias, já com indicativo de rejeição. A categoria decidirá neste sábado, em assembleia, se aceita a proposta feita pelos patrões para o dissídio. Em reunião na tarde desta sexta, o sindicato patronal ofereceu à entidade dos trabalhadores o reajuste da inflação, de 8,76%, a partir de janeiro. A data-base da categoria, porém, é 1º de junho, e dessa data até dezembro é oferecido 2% de antecipação desse percentual.
- Essa proposta é um engodo e não nos empolga - afirmou o presidente, Assis Melo, falando que o percentual reporia só metade das perdas com a inflação.
Getulio Fonseca, presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul (Simecs), lembra que o setor acumula 3,2 mil demissões neste ano e que outras 3,5 mil estão previstas até o final de 2015.
- Não temos margem para nada. Temos que dar um fôlego para o caixa das empresas neste ano para que consigam pagar o 13º salário, as férias, preservando ao máximo os empregos. Se for índices maiores, é a derrocada total - avalia.
Os metalúrgicos lutam pela reposição da inflação (8,76%), mais 2% de aumento real. Além do índice, a proposta que será apresentada neste sábado conta com um avanço na cláusula social que envolve a licença-maternidade. Se for aprovada na assembleia, as empresas da categoria com lucro real terão que conceder o benefício por 180 dias (e não por 120, como já é obrigatório).
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A assembleia será na sede do sindicato dos trabalhadores, às 9h30min. Pela proposta, o adiantamento de 2% passaria a valer na próxima folha de pagamento retroativa a junho e, a partir de janeiro, o complemento de 6,76% passaria a vigorar.
Se a proposta não for aceita, novas reuniões irão ocorrer a partir da próxima semana. No momento ainda não se cogita intermediação judicial, como no ano passado.