Como já era esperado, nada foi decidido na primeira reunião de negociação do dissídio dos metalúrgicos de Caxias. O encontro entre representantes do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos e do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul (Simecs) ocorreu na tarde desta sexta-feira, na sede da entidade patronal.
Na reunião, os dados atuais da economia caxiense foram discutidos, sem avanços em índices de reajuste e demais reivindicações. Getulio Fonseca, presidente do Simecs, destacou que os tempos são de dificuldade para o setor que acumula baixas de 28% neste ano.
- As empresas do segmento metalmecânico da região continuam amargando a perda de lucratividade, portanto, é necessário que seja feita uma profunda reflexão sobre este momento, entre o possível e o desejável, a fim de que milhares de empregos sejam mantidos - ressaltou Fonseca.
O sindicato dos trabalhadores defende - além de avanços em cláusulas sociais - um aumento real para a categoria, o que representa a reposição da inflação (atualmente em 8,76%) e mais algum adicional. Já o Simecs deseja ampliar o tempo permitido de flexibilização de jornada de trabalho, que hoje é de no máximo 180 dias.
- Houve o diálogo, mas a negociação não evoluiu - explicou o presidente do sindicato dos trabalhadores, Assis Melo.
A data da segunda rodada de negociações deve ser decidida na próxima semana.
