
Adelino Colombo concedeu entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, nesta quinta-feira na série que avalia a necessidade de ajustes da economia pós-eleições com empresários de referência.
O fundador de uma das maiores redes do varejo do país, com sede em Farroupilha, disse que amanheceu com uma má notícia. O diretor-presidente das Lojas Colombo comentou o aumento da taxa básica de juros da economia brasileira de 11% para 11,25% ao ano. Para Colombo, o maior prejuízo desta medida é o aumento de preços ao consumidor.
- Não é bom, é um primeiro passo que de fato nos deixa preocupados - afirmou.
O empresário diz que não acredita em crise hoje, argumentando que já viveu momentos piores no passado com inflação "maluca", mas ressalvou:
- A economia vai bem, o que vai mal é o governo. O governo não ajuda, não investe _ acrescenta Colombo.
Apesar de admitir que tem muitas queixas dos governos, o empresário se considera um otimista. Segundo ele, a rede de Lojas Colombo chegou a crescer 17%, caiu um pouco ao longo do ano, mas está acima dos 10%. Mesma expectativa de crescimento esperada para 2015.
Na opinião do empresário, para melhorar a situação econômica brasileira, é preciso ampliar os investimentos no setor produtivo da indústria, no comércio e na agricultura. O principal gargalo, para ele, é a infraestrutura.
- O Brasil tem crescido muito pouco. Carece de investimentos, tanto do governo central, como do nosso Estado - queixa-se.
O empresário também falou sobres estímulos para o consumo, como redução do IPI. Para Colombo, são medidas paliativas. Ele defende a criação de políticas duradouras. Para isso, aposta na mudança de comando do Ministério da Fazenda e Banco Central. Defende o perfil de investidor para novos comandantes.
- Para beneficiar aqueles que produzem e criam empregos, criam a riqueza do país - sugeriu.
Colombo também criticou o foco da campanha eleitoral em programas sociais:
- Não tem outra forma de distribuir essa renda, com trabalho e educação? - questionou.