Sindicato dos Metalúrgicos e patronal de Caxias têm audiência sobre dissídio

Na tarde desta sexta-feira ocorre a segunda e última audiência de conciliação entre o Sindicato dos Metalúrgicos e o sindicato patronal em relação ao dissídio da categoria. A audiência será realizada no Tribunal Regional do Trabalho, em Porto Alegre. A proposta inicial do sindicato patronal era de 6,08%, depois aumentou para 6,5%. O sindicato dos trabalhadores pedia 13,5%, depois, baixou a reivindicação para 9%.

Ao mesmo tempo em que se discute o dissídio, funcionários do grupo Randon aprovaram, na última segunda-feira, a flexibilização da jornada de trabalho. A flexibilização é para as sextas-feiras, durante os meses de agosto, setembro e outubro. Dos quatro dias não trabalhados em cada mês, dois são descontados e dois abonados. A medida começaria a valer hoje.

Mural: O que você acha da ação movida pelo Sindicato dos Metalúrgicos contra a flexibilização da jornada aprovada pelos funcionários da Randon?

O sindicato dos trabalhadores entrou na justiça para contestar a flexibilização. Nesta quinta-feira, a Justiça do Trabalho de Caxias concedeu liminar suspendendo a flexibilização nesta sexta-feira. A Randon foi notificada oficialmente no final da manhã. A empresa afirma, por meio da assessoria de imprensa, que o dia não trabalhado nesta sexta está mantido para todos os turnos. A votação englobou todas as empresas do grupo, com exceção da Fras-le e da Randon Veículos, o que abrange cerca de oito mil trabalhadores.

Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Luis Carlos Ferreira, a liminar não vai interferir na audiência de conciliação. Ele afirma, no entanto, que se outras empresas decidirem pela flexibilização, o sindicato ingressará com o mesmo tipo de ação para que as empresas justifiquem que, de fato, passam por dificuldade.

Já para o presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul, (Simecs), Getúlio Fonseca, a liminar pode alterar o rumo da audiência porque muda a estratégia de negociação, pois outras empresas estudam propor a flexibilização. Conforme Fonseca, a flexibilização tem por objetivo manter empregos.

As empresas que podem propor flexibilização são Guerra, Madal-Palfinger e Meincol.