O Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias não está acompanhando a votação na Randon que decide se os funcionários aceitam ou não a flexibilização da jornada de trabalho. O boicote, conforme o presidente da entidade, Luis Carlos Ferreira, ocorre porque a última convenção da categoria venceu em 1ª de junho e o dissídio deste ano encontra-se na esfera judicial.
- Essa votação não tem o menor valor legal, já que não há nenhuma convenção em vigor - destaca ele, acrescentando que o sindicato não descarta tentar derrubar a medida por meios judiciais.
Já o Simecs defende que enquanto uma nova convenção não estiver em vigor, a última segue valendo.
- Nos cercamos bem judicialmente antes de promovermos a votação. Quando o sindicato se nega a participar, a Cipa da empresa pode assumir o papel e acompanhar a votação - explica Getulio Fonseca, presidente do Simecs.
A votação engloba todas as empresas do grupo, com exceção da Fras-le e da Randon Veículos, o que abrange cerca de sete mil trabalhadores.
A proposta é que os funcionários não trabalhem em quatro dias por mês em agosto, setembro e outubro. Metade desses dias não-trabalhadores seria descontada dos salários e a outra paga pela empresa.
A medida necessita de aprovação de 62% dos trabalhadores. A flexibilização busca adequar a produção ao momento de instabilidade econômica evitando demissões.
Polêmica nas urnas
Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias questiona valor legal da votação que decide flexibilização na Randon
Já o Simecs diz que não há irregularidades e que, na falta do sindicato, a Cipa da empresa pode validar medida
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