O grupo Randon, maior empregadora de Caxias do Sul com 12,5 mil profissionais, promove nesta segunda-feira uma votação com funcionários quanto à flexibilização da jornada de trabalho. A medida já foi adotada por outras empresas nos últimos meses, caso da Marcopolo. A proposta é que os funcionários não trabalhem nas sextas-feiras, em agosto, setembro e outubro, e tenham 50% descontado do salário e 50% abonado pela empresa.
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A medida necessita de aprovação de mais de 60% dos funcionários. Caso contrário, mais demissões estão previstas, de acordo com o Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul (Simecs). Em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, nesta segunda, o presidente do Simecs, Getúlio Fonseca, ressaltou que 4,6 mil empregos foram reduzidos no segundo maior polo metalmecânico do país, que reúne 2,8 mil empresas e 50 mil empregos.
- Reduzimos mais de 4 mil postos de trabalho nos últimos quatro meses, e teríamos que estar gerando empregos - destaca, ao se referir também a chegada de imigrantes na cidade.
De acordo com Fonseca, o setor acumula 15,4% de queda no faturamento e sofre com a redução do índice de exportações, de 12,3% para 9,9%.
- Não somos mais competitivos nem dentro do mercado nacional - acrescenta.
Sobre reflexos do chamado "calote" da Argentina, Getúlio disse que isso ajuda a agravar a crise e menciona que as três maiores empresas da região já possuem unidade de negócios no país vizinho.
Economia
Em Caxias, funcionários da Randon votam sobre a flexibilização de jornada de trabalho
Mais de 4,6 mil empregos foram reduzidos na cidade, segundo o Simecs
Babiana Mugnol
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