Em meio à emoção de ver os vinhos do Brasil na passarela do carnaval de São Paulo, o setor vinícola também teve uma frustração.
A ação, que venderia vinhos a preços promocionais (R$ 4,99) em uma inédita embalagem de 250 ml da Tetra Pak, precisou ser cancelada. Motivo: uma lei da cidade paulista determina que "bebidas quentes" não poderiam ser vendidas nessas embalagens. Caso o produto fosse comercializado nas arquibancadas do Anhembi, o Ibravin corria o risco de ser flagrado e pagar multa de R$ 2 milhões.
Por isso, a estratégia de venda foi cancelada. Os vinhos que integravam a ação eram o Aurora Saint Germain Branco Assemblage, da Aurora (Bento Gonçalves); o Arbo Merlot, da Vinícola Perini (Farroupilha); e o Quinta Jubair Tinto Suave, da Goés (SP). Eles foram eleitos a partir de uma degustação às cegas (sem o conhecimento dos rótulos) por um júri formado por 80 pessoas, na sede da Vai-Vai, no bairro do Bixiga.
A caixinha era exclusiva para o carnaval, com a promoção da marca setorial Vinhos do Brasil. No total, seriam distribuídas 180 mil embalagens de 250 ml.
Comentava-se em São Paulo que uma marca de cerveja teria forçado a ameaça da prefeitura. No carnaval do Rio, dá tempo para corrigir e não deixar brecha aos concorrentes.
* A jornalista assistiu o carnaval de São Paulo no Camarote Vinhos do Brasil a convite do Ibravin
Ação frustrada
Vetada a venda de vinhos em caixinha no carnaval paulista
Ibravin desistiu de sua estratégia de marketing nas arquibancas porque estaria sujeito à multa de R$ 2 milhões
Silvana Toazza
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