O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, afirmou nesta terça-feira que o governo não pode aceitar o "campeonato" que está instalado no Congresso Nacional para concessão de um índice maior de reajuste das aposentadorias acima de um salário mínimo. Ele insistiu na avaliação de que a proposta do governo é de uma correção de 6,14% dos benefícios, o que já representa um aumento de 2,6% acima da inflação.
O ministro disse ainda que não tinha conhecimento da proposta que estava sendo negociada com o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), de 7%. Mas Bernardo disse que o presidente Lula admitiu que poderá aceitar "um pouquinho a mais" dos 6,14%, mas não quis comentar as negociações em torno do reajuste de 7%.
Ele afirmou ainda que, se o Congresso aprovar uma proposta que exorbite um valor acima dos 6,14%, o presidente Lula vai vetar. Ele disse que o índice de 6,14% preserva os direitos dos aposentados, sem prejuízo para as contas da Previdência.
Em rápida entrevista ao chegar ao Congresso para a reunião da Comissão Mista do Orçamento, Bernardo destacou várias vezes o risco de um reajuste elevado para as contas da Previdência e criticou os parlamentares que querem fazer "bondade" com o reajuste dos aposentados.
Economia
Bernardo reafirma proposta de 6,14% e diz que Lula vetará índice exorbitante
Segundo ministro, índice preserva direitos dos aposentados, sem prejuízo para a Previdência
GZH faz parte do The Trust Project