A decisão de vetar ou não o reajuste de 7,72% para os aposentados aprovado pela Câmara dos Deputados está nas mãos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mas os candidatos à sucessão - que serão diretamente impactados pela medida - sinalizaram ontem com apoio ao que for decidido pelo governo.
Em Porto Alegre participando do Painel RBS, José Serra (PSDB) disse que defenderá a posição adotada pelo governo federal, seja qual for:
- Sobre esse episódio, o Brasil tem um ministro da Fazenda que é sério. O presidente Lula é um homem que acompanha as coisas e eles vão decidir. O que decidirem, eu vou apoiar.
Dilma Rousseff, pré-candidata do governo, fugiu à resposta ao ser questionada sobre o tema em Brasília. Mas deixou uma mensagem, via Twitter, na qual falava sobre o reajuste. "Lula tem compromisso com trabalhadores e aposentados que deram seu trabalho pelo Brasil. Tenho certeza de que ele decidirá de forma equilibrada".
Já Marina Silva, pré-candidata do PV, disse que o Senado deve verificar a fonte dos recursos antes de dar aval ao aumento:
- O governo não tem como fazer benesses com dinheiro público para todos os lados. A reivindicação dos aposentados é justa, mas precisamos criar uma base para o reajuste.
Durante solenidade do Itamaraty, Lula disse que decidirá sobre o aumento só depois de concluída a votação no Senado. Mas não deixou de mandar um recado sobre sua posição:
- Não podemos permitir que qualquer coisa, seja a Previdência, seja a política de juros ou a inflação, venha causar impossibilidade de o Brasil continuar nesse momento excepcional que está vivendo.
Economia
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