"Os poetas são pobres porque assim o querem, afinal, está em suas próprias mãos serem ricos". A sentença foi colocada na boca de Tomás Rodaja, personagem de um conto concebido pelo gênio do escritor espanhol Miguel de Cervantes Saavedra (1547-1616), estabelecido em eterna fama mundial pelo seu "Dom Quixote", obra que encanta gerações de leitores desde que veio pela primeira vez à luz, no início do século 17. Entre a primeira e a segunda parte de seu livro sobre as aventuras do Cavaleiro da Triste Figura, Cervantes levou a público uma coleção de 12 contos intitulada "Novelas Exemplares" (lançada em 1613), e é daquela conhecida como "O Licenciado Vidreiro" que emerge a frase aqui pinçada para servir de mote para esta derradeira crônica de segunda do ano de 2019.
Opinião
Marcos Kirst: a rica lição do pobre poeta
Que "cabelos de ouro" não caiam sobre nossos "rostos de prata polida", impedindo nossos "olhos de verde esmeralda" de ver a realidade como ela é
Marcos Kirst
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