O disco Coax The King não deixa mentir as influências e trajetória da banda Spangled Shore, composta por um único músico, Gabriel Balbinot. O multi-instrumentista de 24 anos conta que se sentiu inspirado a compor e tocar sozinho por meio do inglês Billy Bragg. O folk contemporâneo proposto por ele tem raízes - além do óbvio Bob Dylan - em bandas como a irlandesa The Pogues. O resultado do primeiro trabalho pode ser conferido nesta sexta, a partir das 21h, no show de lançamento do disco no Zarabatana Café. A entrada é franca.
A voz das 10 faixas que compõe o CD em inglês e com sotaque britânico entregam que Balbinot passou quase um ano estudando produção musical em Londres, entre 2012 e 2013. As canções vão desde a pulsante I Hang My Head, passando por momentos introspectivos como The Core, até a última, a quase obscura The Bottom.
- Eu gosto de focar nas minhas letras. Elas são para dar uma ideia sobre as coisas, mas não persuadir. Dar uma ideia e fazer as pessoas pensarem, talvez elas sejam tocadas por elas, não sei - arrisca.
Desde que voltou para Caxias o músico tem se articulado em vários sentidos para dar vida ao "filho" que finalmente nasce na sexta depois de dois anos de produção - em trabalho independente e em conjunto com o produtor JC Wallace. Só em 2013 Balbinot tocou no Festival Brasileiro de Música de Rua, ManiFestaSol, Mississippi Delta Blues Festival, projeto Música Daqui e festival Pira Rural.
A ideia, depois de mostrar o disco aos caxienses - apresentação que vai contar com pocket show de abertura de Brenda Valer e João P. Perin, além de participações especiais de Miguel Balbinot (banjo) e Felipe Magon (teclado) -, é pegar a estrada e rodar pelo Rio Grande do Sul fazendo pequenos shows nas ruas de cidades gaúchas.
