Apocalypse recebe Menção Especial no Prêmio Açorianos de Música, nesta quarta

Com quase 30 anos de carreira apostando em músicas próprias e na complexidade do rock progressivo como base para criação, a banda caxiense Apocalypse recebe, nesta quarta, Menção Especial no Prêmio Açorianos de Música. A distinção faz jus à trajetória incansável do grupo, um dos mais antigos em atividade no Estado.

A Apocalypse tem 12 álbuns lançados e sofreu algumas mudanças de formação no caminho. Talvez a mais importante delas tenha sido a entrada do vocalista Gustavo Demarchi, em 2003. O músico inaugurou a era das letras em inglês e trouxe mais um instrumento para as músicas: a flauta transversal.

- Acabamos repaginando a história da banda, fizemos versões novas para as músicas que já existiam, transformando-as em inglês - comentou o vocalista por telefone, de Porto Alegre, onde vive.

O músico anima-se ao falar da banda e do estilo que o conquistou: o rock progressivo:

- Seguimos um caminho mais complexo musicalmente e que segue fora do mainstream, que acaba sendo cada vez mais quadrado e direto. Nos assumimos assim e fazemos o que gostamos.

O último integrante a entrar na Apocalypse foi o baixista Rafael Schmitt, no ano passado. O músico sempre acompanhou a trajetória da banda e ficou honrado com o convite.

- Foi muito legal porque também sou de uma geração que gostava de rock progressivo, hoje em dia, a gurizada não se interessa muito pelo estilo. Quando me convidaram, encarei como um desafio, pois não tenho formação clássica, nem sei ler partituras. O rock progressivo não é fácil, exige mais atenção, mais concentração - diz ele.

A Apocalypse é formada ainda pelos irmãos Ruy e Eloy Fritsch (guitarrista e tecladista, respectivamente) e pelo baterista Fabio Schneider. O último trabalho da banda, The 25th Anniversary Box Set, também concorre em outras duas categorias do Açorianos: projeto gráfico e DVD. A Apocalypse deve entrar em estúdio nos próximos meses e promete álbum e clipe novos em breve.