Dando sequência às lembranças do bairro Lourdes a partir da colaboração da leitora Jussara Demori Vidor, 65 anos, trazemos algumas imagens da infância de dona Jussara. Era a época em que o pai, Adelino Demori, mantinha o Posto Shell ao lado do Monumento ao Imigrante, e a família morava no andar superior do restaurante anexo. Confira o depoimento de dona Jussara, hoje professora aposentada:
"A casa era dividida em duas moradias. Numa delas, minha família: eu, meu pai, Adelino Demori (1917-2001); minha mãe, Odazilda de Oliveira Cardoso Demori (1926-2003); meu irmão, Juarez Cardoso Demori; e a menina Eloci Terezinha Pereira dos Santos (agora Eloci Terezinha Boff). Na outra, meus tios Mário Viezzer e Silene Demori Viezzer, e meu primo Antenor Viezzer. Depois de uns anos, meus tios passaram a morar em uma casa atrás da nossa, e ficamos com todo o espaço. Nessa época, nasceu minha irmã mais nova, Jacqueline, já falecida. Minha mãe era diretora do Grupo Escolar Professor Apolinário Alves dos Santos, onde fizemos o primário. Esta escola localizava-se em frente ao Moinho Franzoi, outro ponto muito conhecido do bairro. Depois, eu fui para o Madre Imilda e meu irmão, para o La Salle. Em 1979, mudamos para o prédio que meu pai construiu na BR-116, na entrada da Avenida Júlio. Após isso, o lugar onde morávamos foi locado, sub-locado, tri-locado, até chegar ao famoso 'rendez-vous'."
Colaboração
Leitora assídua da coluna, dona Jussara Demori Vidor mora desde 2015 “no topo do morro”, atrás do Monumento ao Imigrante.
– Bairro Petrópolis, mas me sinto sempre moradora de Lourdes – diz.
Ela também recorda de outros detalhes do entorno do Monumento: a Barbearia Lira, entre o Posto Shell e o restaurante, e uma banca para venda de vinhos, sucos e uvas na época da safra.
– Isso na época em que o Monumento era muito visitado por turistas. Agora...
Detalhe: a herma de Abramo Eberle, cenário das fotos ao lado, teve a placa de bronze furtada em novembro do ano passado...