A história do Sport Club Internacional não se resume na conquista de grandes títulos e jogadas inesquecíveis de seus ídolos. Muitos torcedores colorados de Caxias do Sul ajudaram a construir a grandeza deste clube como fiéis colaboradores na construção do estádio Beira-Rio, na década de 1960. A paixão nas arquibancadas se estendia à devoção em auxiliar com recursos financeiros para a conclusão do projeto que seria inaugurado em abril de 1969.
O caxiense Agostino Fontana, 81 anos, desempenhou a função de vice-cônsul, que possuiu em seu domínio 32 sócios fervorosos. Com esta relação, Fontana desenvolveu uma proximidade muito forte com a direção colorada. Nas inspiradoras lembranças, Fontana emociona-se ao recordar da visita do Internacional ao Lanifício São Pedro, no final da década de 1960. No retorno, após o jogo contra o Flamengo (atual SER Caxias), a equipe colorada jantou no restaurante do Círculo Operário Ismael Chaves Barcellos, administrado pelo casal Aurora e Alexandrino Vial.
Na imagem, registrada em 1972, percebe-se Fontana (de gravata) e o cônsul Sadi Pellenz (D) durante jantar com técnico Dino Sani (E) no restaurante do Samuara Hotel.
Emblemático acervo fotográfico de Fontana
Fontana evidencia-se como uma testemunha especial na história do Internacional, nestes últimos 60 anos. Seus relatos não devem nada para os jornalistas esportivos da atualidade. Entre objetos do acervo pessoal, destaca-se a emblemática fotografia do elenco de 1961, formado pelos seguintes colorados: Drº Jairo Santos, Silveira, Sérgio Lopes, Kim, Claudio, Ary, Dílson, Zangão, Drº José Abreu e Nery Buzatto (em pé); Oly, Sapiranga, Paulo Vechio, Larry Pinto de Faria, Flávio, Jonas, Gilberto, Alfeu, Osvaldinho, Ezequiel e o massagista Moura (agachados).
Certa vez, Fontana auxiliou Larry Pinto de Faria na campanha eleitoral, demonstrando sua admiração com o jogador que vestiu com dignidade a camiseta colorada.
Visita á construção do Estádio Beira-Rio
As etapas da construção do estádio Beira-Rio foram fotografadas por Agostino Fontana. Nas constantes visitas ao canteiro de obras, Fontana convidava amigos colorados. Numa das lembranças de 1965, percebe-se Fontana (D) com o cunhado Mário Santini (E), o sobrinho Ronaldo Santini, a mulher, Noemy, e o filho Sidnei.