Tão natural quanto o espanto pela proximidade do Natal é o balanço de ações ao longo do ano. Ou seja, aquela temida prestação de contas das metas contratadas no final de 2017 – antes disso, aliás, seria mais animador estabelecer apenas alguns objetivos e saber que eles são factíveis, né?
Leia mais
Além dos mais de 70 shows, confira o que fazer e assistir no Mississippi Delta Blues Festival, que inicia quinta-feira
Confira a programação cultural para este fim de semana na Serra Gaúcha
Saiba cuidar das mini árvores
Nivaldo Pereira: a arte de resistir
Se observarem, costumamos fazer sempre os mesmos programas, comer as mesmas comidas nos mesmos restaurantes, frequentar os mesmos amigos, ouvir as mesmas músicas e ir às mesmas praias. É cômodo e a gente sabe que a chance de erro e/ou chateação é bem pequena. Não há nada errado nisso, obviamente. Mas existe uma chance de se reinventar (ainda que em pequenas doses) a partir daí.
Podemos olhar nossa retrospectiva pessoal de diversas formas ou graus de cobrança e frustração. Uma maneira interessante – que me foi apresentada recentemente – é listar algo que tenha sido feito de forma inédita no ano. Dessa forma, conseguimos perceber algum espaço de inovação nos nossos dias.
Em 2018, fiz uma trilha de seis horas no interior de São Francisco de Paula, desafiando meu pânico de aranha e minha acomodação urbana. Foi tenso e difícil, mas olhando agora para a situação consigo ver valor na transposição do desafio. Visitei Helsinque, cidade que desejava conhecer há tempos, e andei numa enorme roda-gigante com cabines envidraçadas, confrontando meu medo de altura. A vista linda da cidade lá do alto e o frio na barriga nunca sairão dos meus pensamentos.
Assisti ao show do Foo Fighters na parceria, sem sequer saber que conhecia tantas músicas da banda. Fui a uma nutricionista pela primeira vez, repensando e confrontando meus hábitos alimentares. Fiz uma super faxina em uma casa que não é a minha, ajudando uma pessoa querida num processo de desapego. Disse sim para desafios no trabalho, impensáveis poucos anos atrás. Estou cada vez mais convencida que a mudança será cada vez mais constante pra todo mundo.
Ao final, lembro pouco das promessas da noite de Réveillon, mas ao conseguir listar, sem esforço, algumas novidades, já torço para que 2019 seja tão rico quanto esse 2018 que se aproxima do fim.