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Até domingo (23), o shopping Villagio Caxias sedia a 3ª Jornada Festiva para as Abelhas Sem Ferrão. A feira reúne 15 expositores e seus produtos. Na maioria das bancas, mel e própolis. Em algumas, como a da Márcia Birk, de Nova Petrópolis, também tem sabonetes, hidratantes, álcool gel, velas, cervejas, licores e geleias feitos a partir da produção das abelhas sem ferrão.
A edição deste ano conta ainda com exposição de orquídeas e de azeites de oliva como forma de demonstrar a importância das abelhas para o meio ambiente.
— Convidamos o pessoal do azeite para mostrar essa ligação das oliveiras com as abelhas sem ferrão, porque elas são as grandes responsáveis pela polinização. O principal trabalho das abelhas é a polinização — frisa Ivanir Nichetti de Campos, presidente da Associação Serrana dos Meliponicultores (Assermel), que reúne 50 associados.
Dois dos azeites expostos são da Serra, aliás: Olive Jungle, de Farroupilha, e Gaita, de Bom Jesus.
Produção menor
A produção das abelhas sem ferrão, tradicionalmente pequena, está ainda menor, conforme Ivanir. As variações no clima acabaram prejudicando o trabalho das abelhas, especialmente nos últimos três anos. Muitas plantas não floriram e as que floriram não produziram néctar.
— Toda essa confusão prejudica. Ou é muita chuva ou é muito frio ou é muito calor ou é seca. Faz tempo que não temos um clima normal com as quatro estações bem definidas — diz.
Conforme o presidente da Assermel, em alguns casos, a produção de mel baixou 90% e em outros zerou.