A noite da última quarta-feira era de homenagem da Secretaria Municipal da Agricultura aos grandes personagens da Festa da Uva e da sagra dos imigrantes: os viticultores. Os 27 vencedores da exposição de uvas do Pavilhão Nostra Itàlia foram premiados com viagens para Mendoza, na Argentina.
Porém, o Jantar do Viticultor, no Restaurante Tulipa, junto ao parque da Festa da Uva, perdeu o brilho e gerou desconforto entre os produtores de uva e de vinho. O motivo: no cardápio de bebidas oferecido no encontro não havia nem vinho e nem suco de uva. Era restrito a chope, refrigerante e água. As bebidas foram uma cortesia de uma das patrocinadoras da Festa da Uva, o que explica a presença de duas chopeiras, com quatro torneiras, ao fundo do salão do Tulipa.
O restaurante foi contratado pela organização apenas para servir a alimentação do bufê ao público de 600 pessoas, não assinando o menu de bebidas, vindo dessa parceria.
Houve quem reclamasse – e não foram poucos –, até porque a noite de clima ameno aliada à temática da Festa da Uva pedia um vinho serrano. Já o suco de uva seria bem-vindo aos que não bebem álcool e preferem algo mais saudável do que o refrigerante.
Entende-se que a questão de patrocínio é um limitador. Mas o público questiona se é Festa da Uva ou Oktoberfest. Não há vinícolas na Serra para firmar parcerias ou buscar produtos com valores mais em conta?
Perdem a tradição, a cultura, a história. A noite seria de agradecimento à cadeia da uva e do vinho, mas os produtores rurais mais uma vez sentiram-se desprestigiados pela ausência dos produtos que os representam.
Leia mais: