Com o processo de unificação das empresas RGE e RGE Sul, ambas pertencentes ao Grupo CPFL, a Serra Gaúcha sofre um grande golpe em sua economia em processo de revigoramento.
Isso porque, a partir de janeiro de 2019, a RGE transfere definitivamente sua sede de Caxias do Sul para São Leopoldo, onde já funciona o Centro de Operações das duas distribuidoras e parte da estrutura administrativa. Num cálculo simplificado, a medida representa a perda de pelo menos R$ 4 milhões anuais em retorno de ICMS com energia elétrica aos cofres municipais, dinheiro suficiente para construir, por exemplo, uma escola.
A decisão pela mudança gera benefícios para a concessionária, como a redução de custos fixos. O agrupamento das áreas de cobertura das empresas RGE Sul, com atuação na Região Metropolitana de Porto Alegre e na Fronteira Oeste, e RGE, presente no Norte e na Serra Gaúcha, avalizado pela Aneel, possibilitará a compra integrada de energia e economia com deslocamento de equipes em áreas fronteiriças entre concessões.
Questionada pela colunista, a empresa, por meio de sua assessoria de imprensa, confirma que no imponente prédio de Caxias permanecerão as estruturas operacionais que serão mantidas para atender às demandas da região, sem detalhar se parte da subsede local, com a inevitável ociosidade, terá novo destino.
Em relação aos empregos, o Grupo CPFL informa que são mais de 350 funcionários hoje em Caxias do Sul, sendo que serão mantidos “quase a totalidade” de funcionários e gestores operacionais para as demandas da região, e não as equipes administrativas. Não se sabe quantas pessoas serão impactadas pelos desligamentos.