
Pouco acostumado a derrotas com o estrelado elenco do Real Madrid, o técnico Carlo Ancelotti se mostrou conformado com a eliminação diante do Arsenal, nas quartas de final da Liga dos Campeões, e tentou desconversar sobre o seu futuro à frente da equipe após o confronto.
— Meu futuro? Não sei qual será o meu futuro, e não quero saber — afirmou o técnico italiano, em entrevista à emissora Movistar, após a partida desta quarta-feira (16).
Questionado se esta foi sua última partida da Liga dos Campeões pelo Real Madrid, o técnico não perdeu a oportunidade.
— Nesta temporada, sim, com certeza— ironizou.
Em tom de irritação, o comandante afirmou que não é o único responsável pela eliminação da equipe da capital espanhola e deu a entender que não vai renunciar ao cargo, mas não descartou uma possível saída, se assim o clube desejar.
— Poderia acontecer, não haveria problema algum. Não pensei por um momento sequer que não seria o treinador do Real Madrid. No dia em que meu tempo aqui acabar, tudo o que farei é agradecer. Se meu tempo aqui acabar quando meu contrato terminar na próxima temporada, ótimo. E se for antes, não importa. Serei sempre grato — comentou Ancelotti.
Carlo Ancelotti é um sonho antigo da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para assumir o comando da Seleção Brasileira e seu nome voltou a ganhar força após a demissão de Dorival Júnior. De acordo com o jornal Marca, o empresário brasileiro Diego Fernandes, que não é ligado à entidade, esteve em um dos camarotes do estádio Santiago Bernabéu, nesta quarta-feira, e tentará conversar com Ancelotti a fim de convencê-lo a treinar o Brasil.
O treinador, por sua vez, mostrou-se concentrado em buscar outros troféus com o clube merengue.
— Agora estamos lutando pelo Campeonato Espanhol, temos a final da Copa do Rei, temos o Mundial de Clubes... É uma temporada interminável, mas é preciso se recompor. É outra parte do futebol da qual não estamos acostumados — comentou.
Ancelotti também elogiou o algoz Arsenal e disse esperar que a sua equipe aprenda com os erros.
— Para mudar a dinâmica, precisávamos de algo, talvez o pênalti que nos tiraram. Mas temos de ser honestos, o Arsenal mereceu nos dois jogos. É uma decepção, mas temos de manter a cabeça erguida e admitir que esta temporada não foi nossa. Não existem times invencíveis — analisou o italiano.