
Em audiência com o governador José Ivo Sartori, no Palácio Piratini, o diretor da catarinense Havan Lojas de Departamento, Luciano Hang, anunciou investimentos de quase R$ 2 bilhões no Rio Grande do Sul.
Presente em 15 Estados brasileiros com 107 filiais e empregando 12 mil pessoas, a empresa pretende instalar em solo gaúcho quatro pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), que demandarão R$ 400 milhões, e 50 lojas, orçadas em R$ 1,5 bilhão. A intenção seria iniciar a construção de dois empreendimentos comerciais ainda em 2018. Já as usinas ficarão localizadas em Júlio de Castilhos, São Martinho da Serra e Quevedos, na região central.
Caxias do Sul estaria entre as cidades que vêm sendo prospectadas (tendo recebido inclusive a visita da direção para sondar pontos comerciais), ao lado de Porto Alegre, Santa Maria e Passo Fundo. Municípios de porte médio estariam no radar do grupo.
A rede é conhecida pelas réplicas da estátua da Liberdade, instaladas em frente às lojas, com 35 metros de altura. As dificuldades para implantar operações no Rio Grande do Sul sempre foi uma crítica de Hang, por conta de burocracias. A marca tenta entrar no Estado há quase 20 anos.
Houve projetos que ficaram pelo caminho, por conta de exigências, em Porto Alegre e Canela. Bento Gonçalves também já demonstrou interesse, em 2016, em receber um empreendimento da bandeira.
A acompanhar o que vem para a Serra. Em contato com a colunista, empresários e lideranças, porém, dizem que consideram o projeto de chegada ao Rio Grande do Sul exagerado, com 50 lojas previstas. Claro que isso seria em um prazo não imediato. Há duas décadas a empresa tenta sem sucesso entrar no Estado e agora as condições seriam tão favoráveis assim para projetar essa ampla expansão? Esse é o questionamento. A torcer que sim.
Entre os departamentos em que a Havan atua estão cama, mesa e banho, utilidades domésticas, decoração, eletrônicos, TVs e áudio, telefonia e ferramentas.