A Justiça deferiu na última semana o pedido de recuperação judicial protocolado pelo tradicional grupo caxiense Moda Viva no dia 11 de abril. Com isso, a empresa terá 60 dias a partir desse aval da 1ª Vara Cível de Caxias para apresentar o plano de recuperação, com os detalhes de como pretende pagar seus credores.
O passivo do grupo de moda, fundado em 1982, é de R$ 20 milhões, dívidas concentradas em bancos e fornecedores. Os salários estão em dia, não há débitos trabalhistas e nem pendências com o FGTS dos cerca de 100 funcionários, salienta a advogada Aline Babetzki, da SRB Advogados Associados, responsável pelo processo de recuperação judicial do grupo.
Com 35 anos de comércio, a companhia tem condições de se recuperar e propor para isso um plano, já que as dificuldades são decorrentes do cenário de retração econômica.
– Foi um efeito cascata. Os clientes compraram menos, houve queda de faturamento nos últimos 24 meses, por conta da crise financeira, e a inadimplência no crediário cresceu muito. Com isso, a empresa precisou de dinheiro para capital de giro – explica a advogada.
Hoje, a rede varejista tem nove lojas, sendo três em Vacaria e as demais em Caxias, compreendendo as marcas Moda Viva, Moda Viva Homem, Évidence, Original e Resumo.
Há poucas semanas, fechou duas filiais – da Resumo e da Original – no Iguatemi Caxias como forma de contornar as dificuldades e se reestruturar, fato previsto na Lei de Recuperação Judicial. No ano passado, uma unidade da Évidence também havia se despedido desse shopping, com a intenção de mudar-se para o Moinho da Estação, o que não ocorreu.
A acompanhar e torcer pela recuperação desse forte grupo de moda local.
Caixa-Forte
Com dívidas de R$ 20 milhões, grupo Moda Viva, de Caxias, entra em recuperação judicial
Varejista de vestuário teve acatado o pedido pela 1ª Vara Cível. Em 60 dias, precisa apresentar plano para pagar bancos e fornecedores
Silvana Toazza
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