
Um pai presente e trabalhador exemplar: assim será lembrado Jocedir Manoel Dal Santo, 32 anos, o motorista que morreu após acidente no Trevo da Caravela, em Passo Fundo, na noite de quinta-feira (24).
Dal Santo trabalhava há mais de 12 anos em uma loja no bairro Boqueirão, que ficou fechada em sinal de luto nesta sexta-feira (25).
— A loja hoje está fechada em respeito a ele e à família. Estamos todos muito abalados, a notícia nos pegou de surpresa — disse a colega Angela Kempfer de Almeida.
Jocedir estava com o filho, um menino de seis anos, quando se envolveu no acidente. Ele dirigia o Gol que capotou depois de ser atingido por outro veículo, um Ford Ecosport, no entroncamento da RS-324 com a RS-153 (assista acima).
O homem morreu na hora e o filho ficou ferido. A criança segue internada no Hospital São Vicente de Paulo, em estado estável. A motorista da caminhonete não se feriu. As causas do acidente serão investigadas.
"Pai amoroso e presente"
Os anos de convivência, fizeram com que os colegas lembrassem dele com carinho. O gerente da loja onde trabalhava, Josimar Rosset, lembra que Jocedir começou como auxiliar de estoque e, em pouco tempo, foi promovido a coordenador de estoque, o que demonstra quão correto, dedicado e responsável era em suas funções.
— Uma pessoa tranquila, tinha bom relacionamento com os colegas, clientes e amigos. Pai amoroso, presente e orgulhoso do filho Bernardo — resumiu.
— O Jocedir era um amigo e um funcionário exemplar. Ele era apaixonado pelo filho, todo dia tinha uma história pra contar. Tinha muitos planos para o futuro. Uma grande perda — completou a colega de trabalho Ângela.
O amor pela música também ficou na lembrança dos familiares, como lembra a auxiliar de cozinha Arlete Zahn, prima com quem Jocedir costumava almoçar junto aos domingos:
— Era uma pessoa boa, ia da casa para o trabalho, e quando estava em casa tocava violão. Sempre se deu bem com todo mundo e era muito presente — recorda.
A presença era uma das principais características do homem, lembra Cleusa Dal Santo, 46 anos, a única mulher entre os seis irmãos de Jocedir.
— Era trabalhador, tinha a rotina dele, uma vida tranquila. Sempre estava com a família, era muito presente. É uma perda irreparável — lamentou ela, que mora perto da casa do irmão.
O velório acontece na Igreja Coração de Jesus, no bairro Integração. O sepultamento está marcado para as 9h de sábado (26), no Cemitério Jardim da Colina.