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Não é incomum que motoristas que circulam pela Avenida Brasil, reclamem do tempo parados nos semáforos — em especial nos horários de pico. Alguns questionam se há de fato uma "onda verde", medida que sincroniza os sinais de trânsito para fazer com que os veículos sigam em movimento por uma das vias e não parem desnecessariamente.
Questionado, o secretário municipal de Segurança Pública, Tadeu Trindade, disse que, sim, a onda verde faz parte da rede interligada de semáforos de Passo Fundo.
Na prática, as sinaleiras são combinadas para facilitar o trânsito dos veículos que andam na Avenida Brasil em determinado momento do dia — geralmente nos horários de pico, das 18h30min às 19h30min.
Hoje Passo Fundo tem 91 cruzamentos controlados por semáforos. Todos são interligados e mudam seus fluxos de tempo ao menos 23 vezes por dia, conforme o município.
A prioridade é sempre de quem trafega na Avenida Brasil, seja no sentido Boqueirão ou Petrópolis. Isso significa que as vias transversais seguem a sincronia baseada no seu cruzamento com a avenida.
Tomemos como exemplo a Rua Coronel Chicuta. Nesse caso, os sinais abrem, com tempo hábil para o deslocamento entre eles, dos cruzamentos com as ruas General Osório, Independência e Morom, sempre levando em consideração o trajeto necessário para o motorista acessar a Avenida Brasil.
— A abertura (dos semáforos) em sincronia ocorre conforme o horário, baseado no fluxo maior. Quem vai pela Brasil, seja para o Boqueirão ou Petrópolis, encontra uma sequência de sinais verdes, enquanto no sentido contrário o condutor parará em, pelo menos, dois cruzamentos — explicou o secretário municipal de Segurança Pública, Tadeu Trindade.
Isso acontece porque os semáforos não funcionam sempre igual. Eles são programados para acionar novos tempos de abertura conforme o volume de veículos e a velocidade média da via. A programação considera algumas regiões como prioritárias para ajudar a "esvaziar" o fluxo intenso de condutores.
Um dos exemplos de fluxo com prioridade de sincronização é o trecho da Avenida Brasil a partir da Rua Tiradentes, no Centro, até a Rua Olavo Bilac, na Petrópolis. Outros gargalos são eventualmente acionados na Avenida Presidente Vargas e no bairro Boqueirão.
— Esse sentido é prioritário para facilitar o esvaziamento da Avenida Brasil no centro. Mas, claro, a sincronia não depende apenas do semáforo para ser efetiva, mas também do condutor, mantendo a velocidade média: não andando tão rápido, nem tão devagar — aponta o secretário.
Demanda é acompanhada semanalmente
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Na avaliação do secretário, o sistema atual cumpre a demanda da cidade, mas algumas características geográficas ainda impedem que o serviço seja mais efetivo. Trindade cita a descontinuidade de algumas ruas, o que força os motoristas a entrar na Avenida Brasil.
— Temos uma única avenida que corta a cidade e diversas ruas com fluxos muito semelhantes (aos da Avenida Brasil). Várias ruas de cruzamento com a (Avenida) Presidente Vargas não "continuam" ao cruzá-la, por exemplo. Assim, nossa programação é mais complexa do que em grandes centros, mas, ainda assim, avaliamos que cumprimos a demanda — disse.
Segundo ele, a Secretaria de Segurança Pública conta com um grupo para tratar da mobilidade urbana. Os integrantes se reúnem semanalmente para discutir os gargalos, propor melhorias e atender às demandas da população.