
Três homens são julgados nesta terça-feira (11) pelo assassinato, esquartejamento e ocultação do corpo do ex-policial militar Lorivan Antônio de Mattos. O crime foi em fevereiro de 2022, após desentendimento sobre a venda de imóvel rural.
O júri acontece no Fórum de Passo Fundo, no norte do Estado, e envolve os acusados Rodrigo Flávio Domingues e Weliton Gabriel Domingues (pai e filho), além de Jonathan Itamar Hannecker Diniz.
Segundo as investigações, Rodrigo e Lorivan visitavam uma propriedade de Tio Hugo para negociar a venda. Durante uma discussão, Rodrigo aplicou o golpe conhecido como "mata-leão" em Lorivan, causando sua morte. Depois, esquartejou o corpo, carbonizou e enterrou os restos em uma lavoura no município de Pontão.
A investigação da Polícia Civil, liderada pela delegada Daniela Mineto, concluiu que o crime foi premeditado e contou com a participação de Weliton e Jonathan, que ajudaram a ocultar o cadáver. O corpo foi encontrado depois de confissão de Rodrigo.
Domingues e seu filho, Weliton, foram presos preventivamente até o julgamento. Jonathan aguardava o júri em liberdade.
O júri inclui testemunhas apresentadas pela defesa e Ministério Público. A família de Lorivan é representada pelos advogados Jabs Paim Bandeira e Bebiana Deon. Quem lidera a defesa dos réus é o advogado Manoel Castanheira.

O que dizem as partes
O filho de Lorivan, Taylan de Mattos, relatou durante o depoimento que a família mantinha uma relação próxima com Rodrigo e Weliton. Ele afirmou que, inicialmente, acreditava que ambos estavam mortos e não desconfiava que Rodrigo pudesse ter assassinado o pai.
Taylan destacou que Weliton frequentava a casa da família e até passou o Natal com eles, demonstrando uma relação de amizade que incluía atividades como pescarias.
Já o advogado Manoel Castanheira, que defende os réus, afirma que o processo foi conduzido de forma "errada desde o início" e sustenta que o crime ocorreu em legítima defesa. De acordo com ele, Rodrigo agiu para proteger a si e a família, que supostamente sofria ameaças de Lorivan.
O julgamento começou por volta das 8h30min desta terça-feira (11). Até a publicação da reportagem não havia previsão de encerramento.