A apreensão de macacos, araras e outras aves silvestres em Vila Lângaro, no norte gaúcho, nesta terça-feira (8), é resultado de investigação iniciada em fevereiro. Denúncias anônimas apontaram a situação. A suspeita da polícia é de que as aves e os macacos eram mantidos para comercialização.
Segundo a delegada Taís Neetzow, responsável pela investigação, as denúncias foram recebidas em fevereiro. Após averiguação, a polícia obteve autorização judicial e pôde deflagrar a operação em conjunto com o 3º Batalhão Ambiental da Brigada Militar (BABM).
Foi então que os agentes cumpriram um mandado de busca e apreensão. Na propriedade rural investigada foram encontrados cinco macacos-prego (Sapajus nigritus), quatro araras-canindé (Ara ararauna) e 29 pássaros silvestres de diferentes espécies.
Imagens cedidas pela Brigada Militar mostram que as araras estavam em gaiolas, assim como a maioria dos macacos. Todavia, um dos animais foi encontrado em um cômodo da casa amarrado em uma coleira.
Além dos animais, uma arma, munições e armadilhas também foram apreendidos pela polícia. Um homem de 60 anos foi preso em flagrante. Segundo a delegada, ele permaneceu em silêncio no depoimento. Conforme a polícia, ele já havia sido indiciado em ocorrências ambientais anteriormente.
Agora o caso seguirá sendo investigado pela polícia para esclarecer se os macacos, araras e outros pássaros seriam comercializados.
— Vamos apurar se de fato ele estava comercializando esses animais. Vamos solicitar perícias na arma e munições apreendidas. A condição dos animais também será verificada e atestada por veterinários.
Ainda conforme a delegada, esta foi a primeira vez que um número tão expressivo de animais em cativeiro foi flagrado.