
Professores e servidores municipais de Passo Fundo se reúnem nesta quinta-feira (20) em assembleias para decidir sobre a proposta de reajuste salarial apresentada pela prefeitura. Enquanto o Sindicato dos Servidores Municipais (Simpasso) realizará sua assembleia na Câmara de Vereadores, às 13h30min, o Sindicato dos Professores Municipais (CMP) se mobilizará no Paço Municipal, a partir das 15h30min.
A previsão é que as categorias rejeitem a oferta de 5,06% de reajuste salarial e 6,25% no vale-alimentação, considerada insuficiente diante das perdas acumuladas nos últimos anos.
A Prefeitura justifica a proposta com base nos limites fiscais estabelecidos pelo Tribunal de Contas, que impede gastos com pessoal acima de 54% da receita municipal. No entanto, as categorias argumentam que o reajuste não repõe sequer a inflação do período e não atende às demandas específicas de cada grupo.
Magistério cobra respeito ao piso nacional
O CMP reivindica um reajuste de 11%, valor que incluiria a reposição de perdas acumuladas e o cumprimento do piso nacional do magistério, reajustado em 6,27% para 2025.
Uma das diretoras do sindicato, Débora Soares, destacou que a proposta atual não atinge nem mesmo o índice do piso, o que, segundo ela, desvaloriza a profissão e prejudica o plano de carreira dos docentes:
— O município poderia, neste ano, afirmar que paga o piso nacional, já que a diferença entre o IPCA e o índice do piso é mínima. Mas, mais uma vez, a proposta não chega perto disso.
A categoria também rejeitou a oferta inicial de 4%, aprovada em assembleia no início de fevereiro, e espera repetir o mesmo resultado com a proposta atual. Mais de 300 professores são aguardados na assembleia, com primeira chamada às 15h30min e segunda às 16h.
Simpasso pressiona por ganho real
Já o Simpasso, que representa os servidores do quadro geral, também busca um reajuste de 11%, justificado pelo achatamento salarial dos últimos anos. O presidente do sindicato, Sandro Riffel, afirmou que a proposta de 5,06% não atende às expectativas da categoria e espera que o Município apresente uma nova oferta.
— Esperamos que o Executivo se sensibilize e faça uma proposta que traga ganho real aos servidores, demonstrando valorização para nossa categoria — disse Riffel.
A assembleia do Simpasso ocorre às 13h30min, com a participação de associados e não associados.
Próximos passos
Enquanto a Prefeitura defende a necessidade de equilíbrio fiscal, as categorias cobram maior compromisso com a valorização dos servidores e o cumprimento de direitos garantidos em lei.
Com a expectativa de rejeição das propostas, o impasse deve se estender para a Câmara de Vereadores, onde o projeto de reajuste poderá ser votado em sessão extraordinária.