Em Cruz Alta, no noroeste gaúcho, pelo menos 28 famílias têm acesso à água através de caminhões-pipa. A distribuição acontece por causa da falta de chuva, que torna os níveis dos reservatórios cada vez mais baixos.
A cidade registrou 87,4 milímetros de chuva em janeiro, conforme cálculo do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). O volume ficou 48,6% abaixo da média prevista para o mês, de 170mm. A chuva esperada para fevereiro é de 149mm, mas foram registrados 6mm até 6 de fevereiro.
O abastecimento via caminhão-pipa é especialmente para famílias que vivem na zona rural do município, nas comunidades de Bacia Leiteira, Parada Benito, Urupú, Capão Alto e assentamento Sete de Setembro.
A água serve tanto para consumo próprio quanto para abastecer os animais.
Desde o dia 28 de janeiro foram distribuídos 120 mil litros de água. Segundo o coordenador municipal da Defesa Civil, João Gabriel Oliveira Pereira, a última estiagem aconteceu em 2023.
— Estamos fazendo esse serviço uma vez por semana. Para a próxima semana pretendemos fazer em dois dias, nas segundas e quintas, ou não vamos conseguir vencer. Seguimos monitorando as áreas de risco de possíveis secas por conta do calor — disse.
O abastecimento acontece uma vez por semana e reúne esforços da prefeitura de Cruz Alta, Defesa Civil e Exército. Além de levar água potável, as equipes também abriram bebedouros para os animais.