Uma das maiores empresas alimentícias do norte gaúcho, a Peccin SA concedeu férias coletivas para 1,3 mil funcionários em Erechim. O motivo, segundo a empresa, é o aumento do preço do cacau, matéria-prima do chocolate, consequência do aumento no mercado global.
Segundo a companhia, as férias coletivas são necessárias para ajustar os estoques. A empresa disse que previa um crescimento, mas o grande aumento do cacau "tumultuou" o mercado. A expectativa é que a situação se normalize nos próximos meses, afirmou a indústria.
A previsão do presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Erechim, Diego Lauer, é que as férias coletivas tenham duração de 15 dias a partir de julho, sem causar prejuízos para a empresa ou à cidade, disse.
Lauer também informou que é costume da empresa conceder férias coletivas para os funcionários. Segundo ele, além da situação do aumento no preço do cacau, muitos funcionários tinham férias a vencer e até mesmo atrasadas.
O déficit na produção de cacau ocorre em todo o mundo e deve superar 400 mil toneladas do produto, segundo a Organização Internacional do Cacau (ICCO). A redução é puxada principalmente por questões climáticas na África, responsável por 54% da produção mundial.