
Com sorriso no rosto e motivação de sobra, Júnior Rocha deu início a primeira passagem como técnico do Caxias na manhã desta quinta-feira (24). O treinador foi apresentado na Sala de Imprensa Vitacir Pellin e não escondeu a satisfação em acertar com o clube após sua saída da Ferroviária, onde conquistou aquilo que o Grená mais deseja: o acesso à Série B.
— Estou muito feliz aqui pela tradição do clube, pela sua torcida, pelo grupo que foi montado, por estar realizando um grande desejo de estar à frente do comando técnico. Mas o principal foram as conversas, saber quem está por trás do clube e o brilho no olhar de cada um em querer a conquista — revelou Júnior.
Ao lado de Elton Macaé, seu auxiliar técnico, o treinador passa a comandar a equipe no treinamento desta tarde tendo em vista a estreia na Série C, na segunda-feira (28), quando o Caxias recebe o Guarani pela terceira rodada.
— O que o torcedor pode nos cobrar é muita organização. Os atletas têm que saber exatamente a sua função com e sem a bola. Nós temos um padrão que o torcedor sabe como joga. O maior desafio é a parte ofensiva. Hoje tu montares um esquema defensivo com linha baixa, está todo mundo defendendo muito bem. Linha de 5, 5-4-1, 4-4-2. Mas o grande desafio do treinador, não só brasileiro, mas mundial, é a questão do jogo ofensivo, que melhorou muito. Eu estou nessa aí desde 2013.
Confira abaixo os principais trechos da entrevista do novo treinador grená:
Objetivos no clube
— Eu acho que o primeiro objetivo do clube é classificar. Tem um elenco para isso, um elenco muito bem montado, gostei. Antes de acertar fui ver o elenco para ver se tinha condições de brigar por algo. E a gente surpreendeu, porque tem cinco ou seis atletas que trabalharam comigo já aqui. Então, estão, de certa forma, adaptados. E eu acho que o objetivo do clube aqui é classificar primeiro, e aí depois é um outro campeonato.
Série C
— É um torneio de 18 jogos, mas depois, no mata-mata, zera. As equipes vão estar muito mais entrosadas, um conjunto melhor, vão estar muito mais adaptadas à competição. Mas a primeira competição nossa é a classificação e, sim, depois sonhar. Classificou, vai para o quadrangular final, não tem porque não sonhar com acesso, né? Nós temos nossa ambição, sim, que é sempre falar em acesso, em título. Mas nós também temos que ser inteligentes de não ficar prometendo coisa que é uma competição muito difícil.
Primeiros passos
— É difícil chegar assim e ter uma ruptura total do que foi feito, né? A gente tem que aproveitar bem o que o Luizinho deixou, o legado aqui, porque é um ótimo treinador. O que a gente tem que fazer nesse momento é simplificar as informações. Não encher a cabeça do atleta de informação, criar dúvida neles e sim pegar o que foi, o que estava andando, o que estava sendo bem feito, estava performando bem, estava sendo bem executado e sim, aos poucos, ir colocando a nossa filosofia de trabalho.
Relação com o torcedor
— O que o torcedor tem que entender, e a gente tem que fazer o torcedor entender, é que sem eles nós não vamos conseguir. Se o torcedor largar agora, vir em pouco número, não vai ser a força o bastante pra gente conseguir os nossos objetivos. Eu sei que há mágoa, às vezes tem alguma coisa que não estava pegando bem, mas esquece. Pedir pro torcedor, de coração, esquece. Porque todas as vezes que a gente fez isso, juntou essa força, deu certo.
Avalição do elenco
— Eu não tenho dúvida nenhuma que o elenco é o suficiente. Jamais chegaria aqui falando em contratação sem avaliar o que tem aqui, dar uma olhada, conhecer os atletas de perto, no dia a dia. Muda tudo. Tem atletas que já fizeram mais de uma função. Isso é muito importante. Eu estou bem feliz com o que nós temos em mãos aqui.