A estrutura construída por uma fabricante de rodas mudou o cenário de uma das entradas de Tapera, município de quase 10,6 mil habitantes do norte gaúcho. A empresa investiu R$ 30 milhões na nova sede, onde espera se tornar a segunda maior produtora de rodas agrícolas do país até 2028.
O aumento na capacidade de produção tem a ver com o espaço físico disponível. Com fábrica e escritórios, a empresa Technorodas vai ter 10 mil metros quadrados. Na sede antiga, que funciona desde 2005, são 1.450m².
Hoje a empresa fabrica de 300 a 350 rodas agrícolas por dia, resultando em cerca de 7 mil por mês. No novo espaço, espera aumentar a produção em 30% só pelo fato de ter os maquinários centralizados e não precisar deslocar materiais durante o processo de fabricação.
Até 2028, a meta é fabricar 1 mil rodas por dia e cerca de 24 mil por mês. O objetivo é alcançar a Rodaros, a segunda maior fabricante de rodas do país, com sede em Vacaria.
A Technorodas tem a cartela de clientes formada exclusivamente por empresas brasileiras. Da média de 90 indústrias atendidas mensalmente, 60% são de São Paulo e o restante do Rio Grande do Sul.
O número cresceu desde 2022, quando a fabricante atendia a 24 indústrias por mês, e reflete no volume de rodas fabricadas.
— Em 2023 foram 59.950 unidades, enquanto em 2024 já fizemos 73.550. Por isso em 2028 queremos e temos a capacidade para nos tornar a segunda maior fábrica de rodas agrícolas do Brasil — disse Claudiomiro Valentim Spielmann, empresário e fundador da empresa.
A obra da sede já foi concluída e as equipes trabalham na mudança do maquinário. Em 6 de janeiro todos os 70 funcionários estarão trabalhando no novo espaço.
Busca trabalhadores para contratação imediata
Mas para alcançar a meta, a empresa precisa mais que dobrar o número de funcionários — um objetivo ambicioso tendo em vista a dificuldade relatada nos setores que dependem de mão-de-obra.
Só para começar na fábrica nova, a demanda imediata é de ao menos 20 novos trabalhadores. Em 2025, o plano é terminar o ano com 90 funcionários e, em 2028, chegar a 180.
— Nós não exigimos qualificação, só pessoas que tenham vontade de trabalhar. Ensinamos tudo do zero e mesmo assim estamos sempre atrás de profissionais — completou Spielmann.
Do quadro de 70 trabalhadores que atuam na fábrica hoje, 40% são mulheres. Elas dominam as equipes de pintura e são maioria entre os soldadores, por exemplo.
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