Por Mariana Turkenicz, sócia-fundadora e diretora da Enfato Multicomunicação
Final de ano é tempo de reflexão também para as organizações. Um período para avaliar o desempenho até aqui e planejar o próximo. Neste processo, reforçar o olhar ao que de fato nos torna resilientes é fundamental para atingirmos objetivos e metas, mesmo diante de condições inesperadas. Especificamente no Rio Grande do Sul, onde vivemos em 2024 a maior catástrofe climática do país, com consequências que serão sentidas ainda por muito tempo, o tema é ainda mais urgente.
Vamos estimular o Estado, o país e as nossas organizações a incorporarem a cultura da prevenção para seguirem fortes, gerando empregos, tributos e movimentando a economia
Passamos por uma pandemia, vivemos a era da hiperconectividade, da inteligência artificial, enfrentamos recessão econômica, atentados, fake news e outras questões que aumentam a vulnerabilidade. Entre os maiores riscos globais classificados por gravidade, conforme o World Economic Forum (WEF), em 2023, estão o custo de vida, desastres naturais e eventos climáticos extremos, confrontos geoeconômicos, erosão da coesão social, incidentes de dano ambiental em larga escala, aumento da insegurança e crimes cibernéticos.
Dados também indicam que cerca de 80% das crises corporativas são desencadeadas por situações previsíveis e mais de 70% são geradas nas próprias instituições. Todo este cenário torna ainda mais desafiadora a construção e a manutenção da reputação, o principal ativo de uma marca, empresa ou instituição. Portanto, preparar-se para enfrentar crises é crucial e torna-se alicerce para manter a sustentabilidade e a perenidade dos negócios.
Esta época do ano é um convite para introduzirmos ou ampliarmos esse assunto na pauta corporativa. Momentos críticos também são oportunidades para crescer e inovar. Precisamos ser resilientes para superar crises de maneira consciente, consistente e assertiva e assim nos adaptarmos às mudanças de forma ágil, mantendo competitividade num ambiente altamente dinâmico. Vamos estimular o Estado, o país e as nossas organizações a incorporarem a cultura da prevenção para seguirem fortes, gerando empregos, tributos e movimentando a economia.