Por Cleiton Chiarel, membro do Grupo Tático Operacional (GTO) do Pacto Alegre
É amplamente reconhecido que, ao analisar as capacidades do Estado na resolução de desafios públicos, a participação da sociedade é essencial. O Estado deve manter a capacidade de negociar, agir e mediar entre os diferentes atores sociais para possibilitar políticas públicas mais assertivas.
A governança colaborativa garante que as decisões sejam inclusivas e transparentes, envolvendo não só o poder público, mas também OSCs, coletivos e empresas
O projeto Territórios Inovadores, desenvolvido pelo Pacto Alegre em sete territórios da Capital – Bom Jesus, Cruzeiro, Ilha dos Marinheiros, Mario Quintana, Morro da Cruz, Planetário e Restinga –, propõe uma nova abordagem de transformação urbana, com foco no desenvolvimento de espaços comunitários em que a participação ativa dos moradores, a criatividade e a governança colaborativa desempenham papéis centrais. A construção envolve simultaneamente diversas ações paralelas entre gestão pública e iniciativas sociais. Esses territórios são áreas urbanas que buscam promover transformações significativas, baseadas na identificação de um propósito comum e na implementação de ações estratégicas que envolvem a comunidade em todas as etapas.
A característica essencial de um Território Inovador é sua capacidade de fomentar ações participativas, com os moradores como protagonistas, fortalecendo o pertencimento e garantindo soluções alinhadas às necessidades específicas da população de cada território. Novas tecnologias sociais aceleram a transformação urbana, tornando os processos mais eficientes e acessíveis.
A governança colaborativa garante que as decisões sejam inclusivas e transparentes, envolvendo não só o poder público, mas também OSCs, coletivos e empresas. Esse modelo forma um ecossistema colaborativo, que transforma a gestão dos territórios.
O objetivo do projeto é construir uma cidade mais inclusiva, equânime e próspera, especialmente para os mais vulneráveis. Assim, os Territórios Inovadores se tornam laboratórios vivos de experimentação social, gerando impacto positivo para toda a cidade.