Os números conhecidos do primeiro trimestre relativos à economia mostram uma aparente contradição. De um lado, foi surpreendente o crescimento de 1,2% do PIB de janeiro a março, enquanto poucos meses atrás se cogitava inclusive o risco de uma nova recessão técnica, causada pelo recrudescimento da pandemia no início de 2021. De outro, o desemprego no país atingiu, no mesmo período, o patamar recorde de 14,7%. São quase 15 milhões de pessoas que procuram e não encontram colocação e, quase um quinto delas está nesta situação há mais de dois anos. Há ainda o grande contingente que, frustrado, até desistiu de procurar trabalho. Apenas no Rio Grande do Sul eram 114 mil desalentados no encerramento do primeiro trimestre, 60% acima do mesmo período do ano passado, conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad C), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
OPINIÃO DA RBS
Descompasso entre PIB e emprego
De um lado, foi surpreendente o crescimento da economia janeiro a março, mas de outro o desemprego atingiu o patamar recorde de 14,7%.
GZH