Por Nairo Callegaro, candidato a presidente do Movimento Tradicionalista Gaúcho
O Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG) vive um dos momentos mais importantes de sua história, um momento de tomada de posicionamento junto a seus associados (entidades filiadas) e à sociedade gaúcha. Podemos analisar sob dois aspectos que julgo extremamente importantes para projetarmos o futuro do MTG para os próximos 50 anos.
O primeiro, e o que considero o mais importante nos remete à preocupação em preservar todas as pesquisas e legados deixados por Paixão Côrtes e Barbosa Lessa, o MTG tem a grande responsabilidade de manter, preservar e divulgar todas essas pesquisas, sob o risco de, não o fazendo, perdermos de forma irrecuperável todo esse acervo já publicado e novos conhecimentos a serem revelados e trazidos à luz de nossa sociedade. Falo de obra de uma grandiosidade que escapa à percepção da grande maioria, de uma profunda pesquisa que abrange aspectos socioculturais e filosóficos da formação de nossa identidade regional.
Essa responsabilidade recai sobre os ombros de nossa instituição e devemos ter a percepção e a sensibilidade de sermos os guardiões e divulgadores dessas pesquisas, mantendo a fidelidade em todos os seus aspectos e origens. Não podemos permitir que surjam distorções, mudanças, que alterem nossos valores fundamentais, que consolidaram a história da construção do movimento tradicionalista organizado. Nossa organização, baseada e alicerçada nesses fundamentos, já está consolidada na sociedade, revelando sua importância social e institucional.
O segundo aspecto a levarmos em consideração, não menos importante em termos de instituição associativa, nos leva à forma de relação com a sociedade, como podemos interagir, ser mais participativos, ser um grande agente de transformação e inclusão social, para que possamos contribuir de forma mais humana, mais solidária, mais próxima a todas as pessoas e exercendo um papel mediador de diminuição de conflitos, de estabelecimento de diálogos de boas relações com toda a sociedade, sem abrirmos mãos de forma alguma de nossos princípios, de nossas origens. Aprofundar as questões do voluntariado junto a toda a sociedade, construir caminhos capazes de encurtar o distanciamento e a falta de entendimento com a sociedade e os poderes públicos. O MTG deve ter um papel de agregador, incentivador de promoção de nossa cultura regional.
Acredito que o MTG já realize seus eventos com grande propriedade. Sua organização garante com tranquilidade, junto a nossas famílias e principalmente à juventude – que transita de forma muito forte e importante em nosso meio –, o sucesso de nossa federação.
Todas as iniciativas direcionadas ao encontro da sociedade, por meio de universidades (palestrantes, cursos, pesquisas...) – já firmamos convênio com a Universidade Estácio de Sá, do RJ–, escolas (estabelecer uma convivência mais efetiva), associações, poderes públicos, a imprensa em todos os seus setores e abrangências, todas são ações que passam pela consciência e construção de uma sociedade mais igualitária e solidária.
Entendemos que este é um assunto a ser trabalhado com muita intensidade e responsabilidade com nosso MTG e a sociedade, mas este é o nosso desafio e a nossa responsabilidade. É difícil, mas não é impossível. Assim entendemos e assim faremos um MTG, unindo gerações e verdadeiramente para todos.