Por Vitoria Busato Soares, estudante de Ciências Sociais, integrante da Equipe Provincial da Pastoral Juvenil Marista (PJM)
Jovens têm sonhos. Muitos. Sonhamos em estudar, viajar, mudar o mundo; sair de nós mesmos e transformar realidades, tocar pessoas e nos deixar ser tocados por elas. Somos transformação em nossa sociedade, dinâmicos e atentos às necessidades que nos cercam. Somos sensíveis ao próximo e, acreditando na diferença que fazemos todos os dias, construímos espaços de luta e resistência entre as pessoas.
É a partir dessas atitudes de mudança que nos colocamos e entendemos no mundo. Somos parte ativa da sociedade, que quer ser acolhida e voz diante das desigualdades e injustiças sociais e que, quando não encontra espaços que favoreçam essa necessidade, os constroem. Ser jovem é preocupar-se com o futuro – e com o presente – e entender que ele é de nossa responsabilidade e fruto de construção conjunta.
As juventudes – e aqui precisamos entendê-las como diversas, plurais, expressadas em diferentes contextos e realidades – são manifestação de uma etapa da vida em que buscamos nos reafirmar enquanto cidadãos pertencentes a uma sociedade, nos aproximando de pessoas e grupos que despertam em nós identificação, sentimento de pertença e que contribuem para a nossa formação. Esses espaços – como a escola, grupos de jovens, coletivos de movimentos sociais – são responsáveis pelo nosso amadurecimento e crescimento, e influenciam diretamente na forma com que enxergamos o mundo. Através deles, nos sentimos incentivados a exercitar nossa autonomia, entendendo e enxergando a nós mesmos como agentes de transformação em nossa sociedade.
O período em que vivemos enquanto nação pede que sejamos cada vez mais engajados política e socialmente, fundamentados de nossas convicções e ideais, para que saibamos reivindicar nossos direitos e assumir nossos deveres enquanto cidadãos. A responsabilidade da construção de uma sociedade mais justa é de todos nós. E essa construção acontece de dentro para fora, mudando pequenas coisas em nosso dia a dia, procurando fomentar a aproximação entre as pessoas e buscando sempre estar em sintonia com aquilo que acreditamos.