O visível aumento do policiamento nas ruas de grandes centros urbanos, como Porto Alegre, já começa a se refletir favoravelmente também nas estatísticas. Um exemplo significativo do reforço no número de policiais militares a partir de março é a queda de 26,5% dos latrocínios no Estado no primeiro semestre deste ano, em comparação com igual período do ano anterior. Em Porto Alegre, onde a mudança é ainda mais evidente, a redução no mesmo indicador foi ainda mais significativa: 58,3%. Ainda falta muito para os gaúchos voltarem a se sentir protegidos nas ruas, mas os resultados dessa reação na área de segurança pública são promissores.
A recente megaoperação de transferência de 27 condenados gaúchos, em sua maioria líderes de facções habituados a ordenar execuções de dentro dos presídios, significa um marco nas estratégias da Secretaria da Segurança Pública. Denominada de Pulso Firme, a operação uniu esforços das três instâncias da federação, com a atuação integrada de quase duas dezenas de instituições. Ao desfalcar o comando do crime organizado dentro dos cárceres, o poder público se coloca em condições de enfrentar também os homicídios, que diminuíram na Capital, mas seguem em número elevado no Estado, assim como roubos de veículos, ainda excessivos.
São muitos os desafios que ainda persistem no âmbito da segurança pública, a começar pela urgência na ampliação do número de vagas em presídios e da ampliação dos efetivos policiais. Ainda assim, os gaúchos, que precisam se sentir menos inseguros nas ruas, começam finalmente a presenciar um alento nessa área. A mudança não ocorre por acaso, pois é consequência de ações mais firmes e mais coordenadas, como as que, finalmente, vêm sendo postas em prática pela Secretaria da Segurança Pública.