* Deputado estadual, líder da Bancada do PMDB e relator da Comissão Especial da Segurança
O governo do Estado tem educação e segurança como prioridades. Não se trata de dar atenção a uma área em detrimento de outra, mas ajustes estão sendo feitos para contemplar as necessidades urgentes, atentando ao fato das dificuldades financeiras.
A segurança é um setor vital, mas atravessa momento crítico em relação ao aumento da criminalidade. Ao abrir concurso público com 6,1 mil novas vagas para Brigada Militar, Polícia Civil e Bombeiros, o governo demonstra compromisso com os gaúchos. Ampliar o efetivo, aliás, foi uma das principais reivindicações dos municípios nos debates da Comissão Especial da Segurança da Assembleia. Como relator, incluí a medida como essencial para fortalecer o combate ao crime.
Por outro lado, é primordial que também haja maciços investimentos em educação para uma equalização social que contribua na redução da delinquência. São áreas distintas, mas interligadas como causa e consequência.
Assim como as escolas públicas precisam de pesados investimentos para garantir acesso dos jovens ao conhecimento e prevenção de possíveis desvios, precisamos de vagas prisionais para cobrir deficiências do setor advindas desse desequilíbrio histórico. Diariamente, são inúmeros casos solucionados pelas forças policiais, que efetuam prisões em escala jamais vista. Mas tais esforços se tornam inócuos na medida em que não há espaço nas casas prisionais, ou até mesmo forçando servidores a deixarem funções nas ruas para manter a custódia de presos.
A ressocialização é desacreditada devido às áreas precárias sem as mínimas condições. Mas o governo está atuando para suprir as carências. Em junho, inclusive, anunciou a construção de três novos presídios com 924 vagas.
O importante é que os investimentos se complementam. Se tratamos o problema, também estamos dando a devida atenção às causas. Na educação, 399 escolas receberão R$ 97 milhões para reformas, ampliações e aquisição de material. Esse é um esforço para que o Estado volte a ter posição de destaque no Brasil. A meta é que, até o fim de 2018, o governo entregue cerca de 500 escolas reformadas à comunidade.