Nossa proposta de reforma da Previdência enviada ao Congresso Nacional tem dois objetivos centrais. É imperioso adaptar a Previdência à nossa realidade demográfica. A cada ano, o número de idosos aumenta, e o de jovens diminui. A consequência disso é simples: caminhamos para ter mais beneficiários do que contribuintes. A reforma garante um sistema previdenciário financeiramente sustentável.
O outro ponto é uma questão de justiça social. Não podemos deixar que os mais de 60% dos contribuintes da Previdência, justamente os que ganham menos, continuem financiando privilégios de uma minoria. É preciso acabar com os privilégios.
Estamos fazendo uma reforma que trará mais igualdade para todos. A Previdência será mais justa com os mais pobres e mais rígida com os mais ricos.
Há críticos da reforma, por discordância política ou por desconhecimento da realidade. A afirmação de que não há déficit é completamente falsa. Dizer que aposentados terão direitos suprimidos também é falso. Respeitaremos os direitos adquiridos: os que já se aposentaram e os que têm direito à aposentadoria não serão afetados pela nossa proposta. O que muda é que, com a reforma, os aposentados terão assegurados direitos que, sem ela, seriam corroídos pela insolvência do sistema.
Cabe destacar a contribuição dos parlamentares à reforma. O relator, o presidente da comissão e os líderes partidários estão ouvindo suas bases e bancadas. Estamos acolhendo suas sugestões, e o Congresso vai aprimorar o texto, para que fique em consonância com as aspirações populares.
A reforma atende aqueles mais vulneráveis e defende o fim dos privilégios. Nossa intenção é que todos os que recebem valores salariais, vencimentos ou subsídios tenham o mesmo padrão para efeito de aposentadoria. Não haverá mais diferenciação entre as várias categorias. É uma demonstração de seriedade, de compromisso com o povo e com o país.
Trabalhamos para garantir a higidez das contas públicas sem que isso afete a continuidade dos programas sociais que nós patrocinamos, mas, principalmente, para que os aposentados atuais e os mais jovens, no futuro, não deixem de receber seus direitos.