O levantamento do sigilo das delações dos executivos da Odebrecht e a ampla divulgação pela imprensa das acusações contra políticos e autoridades investigados não podem ser interpretados como condenação antecipada de pessoas que devem ter amplo direito de se defender. Apenas acrescentam o antídoto da transparência ao doloroso processo de expiação da corrupção pelo qual o Brasil está passando. Pela primeira vez na história do país, a sociedade está tendo a oportunidade de acompanhar quase em tempo real as denúncias, as investigações e as explicações dos protagonistas do mais organizado e duradouro esquema delituoso em operação na administração pública, na política e nas relações entre governos e iniciativa privada.
Editorial